A FAZENDA SANTA CECÍLIA
Os Apaixonados – Muito Prazer
Quem Somos
Nada como um bom café para criar e fortalecer conexões, então, permita-nos apresentar: somos a Família Peres.
Temos algumas paixões em comum e suspeitamos que você que agora nos lê também tenha, pelo menos aquela que é quase unanimidade: o café.
Nossos momentos de descanso da rotina empresarial acontecem na Fazenda Santa Cecília, na região de Garça-SP.
São oportunidades de reunir os familiares e amigos, em contato com as riquezas da natureza, para o deleite do convívio com a terceira geração, hoje formada pelas crianças Flávio e Flora (filhos de Samuel) e Sophie (filha de Mariane).
Conscientes do enorme potencial da área e movidos pelo desejo de oferecer um produto diferenciado, fruto daquele solo com uma história centenária, decidimos investir e aprimorar processos para a produção de café especial.
Conseguimos transformar a propriedade, que é certificada, em uma das mais eficientes do Brasil, já que também agrega há mais de 30 anos a criação de cavalos Mangalarga.
Em resumo, somos uma família tradicional, mas plural, unida por princípios de evolução, que se refletem em tudo o que fazemos, tendo como ponto alto o café de excelência nobre que temos orgulho e paixão de oferecer.
A Fazenda – Santo Lugar
A Fazenda
A Fazenda Santa Cecília, em Garça – SP, é uma das principais propriedades que utilizam as mais modernas tecnologias na produção de cafés especiais do Brasil.
Sua história remonta mais de um século, passando por desmembramentos por antigos donos, cultivo culturas diferentes, desafios diversos, mas retornando à formação original pelas mãos da família Peres, que fez questão de resgatar as tradições daquela terra.
No início, encontraram vários problemas estruturais, como a topografia que atrapalhava a produtividade. Por causa do longo tempo de uso, valas de 10 metros haviam se formado nos carreadores, prejudicando o trânsito de pessoas e maquinários. E ainda havia problemas na plantação: o café não era de boa qualidade, apresentava produtividade baixa, os quadros de plantio eram muito largos.
Mas o intenso e elaborado processo de reestruturação resultou em um empreendimento de sucesso no agronegócio.
Essa transformação mexeu ainda com aspectos sociais, um dos pilares da família, que nunca deixou com que a evolução tecnológica acabasse com a humanização, ou seja, o olhar para as pessoas.
Com isso, o sistema tradicional de colônias – cinco colônias com 32 casas – foi atualizado, o que proporcionou aos trabalhadores a possibilidade de residir na zona urbana e acessar as oportunidades que uma cidade oferece nos segmentos de educação, cultura e vida social.
Melhorias foram implementadas, como terraplanagem, curvas de nível, construção de nova estrada em local mais estratégico e plantio de uma variedade superior de café. Já naquela época, a tecnologia utilizada na fazenda chamava a atenção pelo ineditismo e ousadia. Com a mecanização da lavoura, foi possível aumentar a produtividade, mantendo o mesmo número de funcionários.
Plantio Com Fé, Arado Com Amor
Processo de colheita
Hoje a Fazenda Santa Cecília é referência em quantidade e qualidade do seu café, considerado um dos melhores do mundo, com produtividade de 50 sacas por hectare, enquanto a média nacional fica em torno das 32 sacas por hectare.
A alta qualidade do café produzido aqui vem de total dedicação, relevo levemente ondulado – o que favorece a colheita mecanizada e um clima perfeito para o cultivo, na Cordilheira da Alta Paulista.
Para isso, os investimentos foram visionários e chamavam atenção pela ousadia, o que fizeram com que ela fosse a primeira fazenda do Brasil a usar fertirrigação automática, através de tecnologia israelense. Hoje, cada um dos 1,5 milhão de cafeeiros é irrigado por esse sistema.
O processo de colheita e secagem é um dos mais eficientes do país, com colheitadeiras automatizadas – as primeiras do Brasil equipadas com sistema de GPS, que garante precisão de quase 100% e serve de modelo para outros produtores.
O café passa por um sistema importado da Colômbia que descasca o grão cereja e faz a lavagem com muita eficiência, utilizando pouca água. Assim, é possível levar os grãos diretamente aos silos de secagem, para depois embarcarem para o mercado consumidor a granel. Todo o processo é feito sem o contato manual dos funcionários, o que confere ao café uma qualidade melhor ainda.
Em 2017, um experimento mostrou os bons resultados de uma variedade de café resistente ao nematoide (parasita), que não precisava ser enxertada, desenvolvida pelo IAC. Depois, já com a proposta de utilizar a nova variedade com plantio orientado por sistema de GPS, começou a substituição dos cafés antigos pelas mudas novas. A intenção é concluir o projeto de renovação com 2 milhões de pés de café irrigados na Santa Cecília, intercalados com pinheiros para quebra vento, melhorando o aspecto visual e a produtividade.
A fazenda conta com tratamento de água dentro das normas exigidas pelos órgãos competentes, 100% dos funcionários com cursos preparatórios para a atividade correspondente e plantio de mais de sete mil árvores nativas, aproximadamente mil por ano.
A Paixão – o Café Como Fruto da Emoção
Café especial
Café não é somente um grão, é uma emoção. Ele aquece, acolhe, evoca experiências sensoriais, de casa de vó, de mãe, de coragem de recomeçar e encarar o dia.
Um café especial eleva ainda mais todos esses conceitos, já que possui características mais equilibradas e uma gama infinita de sabores exclusivos e notas aromáticas de alta qualidade.
Esse tipo de bebida possui notas acima de 80 pontos na escala de pontuação/avaliação sensorial (Metodologia SCA) que vai até 100.
Uma curva de torra adequada é responsável por isso, com a classificação do “Speciality Coffee”, feita através de um degustador certificado de café, o Q Grader.
O café Appassionato é um produto especial premium (tipo arábico, torra média), com sabor elegante e delicado, acidez moderada, corpo marcante e notas sutis de cereais, o que lhe confere uma pontuação acima de 83 pontos.
Centenária: a Força da Tradição Que se Refaz
História centenária da Fazenda
A Fazenda Santa Cecília foi fundada em 1912 e sua história sempre esteve ligada a pessoas empreendedoras e à frente do seu tempo, com registros históricos que mostram que ela foi a primeira propriedade de café da região de Garça-SP.
Em 1911, Joaquim Álvaro Pereira Leite, juntamente com outros 10 desbravadores de terras, compraram uma área de 2.738 alqueires no interior do Estado de São Paulo. Na época, Garça levava o nome de Corredeira e era distrito do município de Pirajuí.
Por isso, um ano mais tarde, a parte de terras que cabia a Joaquim Pereira Leite foi denominada Fazenda Santa Cecília da Corredeira.
Eram terras ainda com pouca interferência do progresso humano, com matas virgens e fechadas, povoadas por índios selvagens, com uma grande variedade de animais e plantas nativas.
Para se ter uma ideia, os homens reconhecidos como os fundadores da cidade de Garça, Labieno da Costa Machado e Carlos Ferrari, só chegaram à região em 1916, quatro anos depois da fundação da Fazenda Santa Cecília.
Provavelmente quando eles chegaram, já encontraram os primeiros pés de café e então, Joaquim Pereira Leite, com visão empreendedora, plantou 70 mil cafeeiros, iniciando o que projetou Garça no Brasil e no mundo: a produção de café de boa qualidade.
Enquanto os cafeeiros dessa fazenda evoluíam, na cidade de Araras-SP, o francês Luiz Nouguês – que criou o método de pasteurização que resultou no leite condensado, vendia seu laticínio para a Nestlè, para se dedicar à agropecuária.
Para isso, ele procurava um local propício para investir e, em 1918, chegou ao distrito de Corredeira, ficando impressionado com a exuberância das plantações de café e decidindo se estabelecer na região e comprando as fazendas Santa Cecília e Santa Júlia.
Nessa época, a fazenda tinha 450 alqueires de terra com 80 mil pés de café, 10 casas de colonos, tulhas de armazenamento e máquinas de beneficiamento movidas a locomóvel a vapor.
Na década de 70, a Santa Cecília foi desmembrada em três fazendas: São João, Palmares e Santa Cecília – área em que ficou a sede. Agora, mais de 100 anos depois, a fazenda está voltando à sua formação original pelas mãos empreendedoras da família Peres.